Depois de captar seus clientes (toque aqui para ler) e fechar negócio, chegou a hora de iniciar realmente os trabalhos, e a primeira etapa é o briefing.
Segundo o Google, briefing é o “ato de dar informações e instruções concisas e objetivas sobre missão ou tarefa a ser executada”. No cotidiano profissional dos arquitetos e designers, chamamos de briefing aquela reunião inicial que você faz com o cliente, onde o mesmo expõe suas necessidades e desejos de forma preliminar.
O briefing só deve ser feito com clientes ou potenciais clientes que já foram filtrados e que se encaixam no perfil de público que você realmente deseja atender, e que desejam ser atendidos por você.
Pergunta: você faz um bom briefing junto ao cliente, antes de colocar a mão na massa e desenvolver os projetos?
Aprenda agora alguns passos simples que lhe servirão de guia para você ficar craque nesse quesito, que é básico e crucial para o seu sucesso profissional.
Foto por Mart Production
Coisa séria!
O briefing é uma das etapas mais decisivas para a contratação e o bom andamento de um projeto. É nessa hora que você precisa colher junto ao cliente o máximo de informações necessárias para entender as suas reais necessidades, e então poder desenvolver um trabalho de acordo com tais anseios.
Temos que desenvolver o programa de necessidades juntamente com o cliente, de maneira colaborativa. Precisamos fazer as perguntas certas e ficar atentos para “pescar” coisas que o cliente possa estar esquecendo, além de auxiliar no balanceamento de informações distorcidas ou possíveis exageros
Um briefing mal feito irá gerar má interpretação e certamente resultará em perda de tempo e dinheiro, podendo também gerar desgastes desnecessários entre profissional e cliente. E mesmo que algum problema futuro durante o processo de projeto ocorra porque o cliente repassou informações imprecisas, adivinha em quem a culpa será colocada… Em quem?
Sim! É claro que é em você! Só pra variar um pouquinho…
Portanto, tratemos de estruturar bem o briefing, gerando um procedimento padrão que diminua as chances de que essas situações ocorram.
Os clientes e seus diferentes níveis de clareza
Como você bem sabe, existem clientes que têm plena noção sobre o que precisam e sobre o que esperam do arquiteto, fornecendo então suficiente quantidade de informações para que o projeto seja desenvolvido dentro do seu devido escopo. Enquanto isso, há outros que chegam ao profissional de arquitetura ainda sem muita clareza sobre o que desejam e/ou necessitam.
Para diminuir as chances de problemas, temos que garantir uma coleta de informações objetiva e que todos os aspectos essenciais sejam anotados, independente do tipo de cliente e seu nível de clareza do projeto. Para isso, temos que estruturar bem o procedimento de briefing.
Como fazer – estruturando o seu briefing
Talvez você olhe para os itens listados abaixo e me diga: isso é óbvio, já aprendemos na faculdade! Me repetiram quatrocentas e dezoito mil vezes!
Tudo bem, concordo, são itens óbvios e essenciais que todo bom profissional sabe. Mas você já tirou um tempinho e colocou isso no papel para estruturar passo a passo a reunião com o cliente?
Se a resposta foi sim, parabéns! Já deve ter percebido que faz a diferença.
Se a resposta foi não, então chegou a hora de fazê-lo. Vamos lá, é simples! Eu coloquei em itens bem resumidos, apenas para servir de guia. Cabe a você usar o bom senso e analisar caso a caso onde é que precisa entrar em detalhes mais específicos.
- Dados do terreno: localização, dimensões, relevo, vegetação, clima e entorno. É sempre importante visitar o terreno pessoalmente;
- Programa: usos e atividades, necessidades específicas, funções, características, estimativa de dimensões, etc;
- Desejos e perfil do contratante: estilos de arquitetura preferidos (caso tenha), gostos e hábitos pessoais, expectativas, perspectivas, imagem que deseja passar (principalmente no caso de contratantes Pessoa Jurídica);
- Prazos de entrega: datas para entrega do projeto, início e finalização da obra;
- Orçamento disponível: quanto o cliente deseja gastar com esta obra;
- Desempenho: importante prever possíveis exigências quanto ao conforto térmico e acústico, sustentabilidade e performance em algum quesito peculiar. Obs.: na hora de especificar materiais, é importante sempre observar os padrões exigidos pela Norma de Desempenho.
Foto por Sora Shimazaki
Pensando em facilitar a vida dos profissionais – e também dos clientes -, aqui na nossa plataforma contamos com uma ferramenta de briefing totalmente online e interativa.
Chega de questionários engessados e intermináveis! Seus clientes não querem perder tempo respondendo infinitas perguntas – que na maioria das vezes nem sabem as respostas. Hoje em dia, com a aceleração de tudo através da internet, quanto mais dinâmicas forem as ferramentas que você utilizar, mais satisfeito ficará o seu cliente.
Trabalhar com elementos visuais além dos verbais facilita muito nessa parte. Julgando que a maior parte dos seus clientes é leigo na área de arquitetura e design, eles não saberão responder às perguntas que você fará se não tiverem uma imagem para utilizar como referência.
Logo no começo do nosso briefing, você pode escolher entre as opções:
- Fazer agora ou Enviar à distância;
- Residencial ou Comercial;
- Projeto de Interiores ou Projeto de Arquitetura
Sim, isso mesmo! Você pode enviar o briefing para que o seu cliente responda remotamente no conforto do seu lar, sem pressa e com o foco necessário para lhe passar todas as informações necessárias.
Nosso briefing é dividido em três sessões:
- Estilo;
- Personalidade;
- Programa de necessidades.
Na sessão Estilo, você descobrirá qual o estilo estético mais se adequa ao seu cliente.
Como isso é feito? Através de imagens onde o cliente dá nota de acordo com suas preferências. As respostas são analisadas e o resultado indica qual o estilo predominante e os dois estilos adjacentes mais combinam com o cliente. Essa parte é muito interessante para o cliente, pois através de imagens fica mais fácil para ele elencar o que gosta e o que não gosta. Às vezes é mais difícil para eles expressarem isso de forma verbal.
Na sessão Personalidade, você descobrirá qual é o perfil do seu cliente.
Como isso é feito? Através de uma escolha de palavras que o cliente mais se identifica. Além disso, também existe uma pergunta sobre a rotina do cliente, para identificar o que ele costuma fazer no seu dia a dia.
Na sessão Programa de necessidades, como o próprio nome diz, é o momento onde o cliente definirá os ambientes que serão projetados e também os itens que ele deseja em cada ambiente.
Como isso é feito? Através de perguntas bem dinâmicas, onde o cliente seleciona os ambientes e itens, com espaço para adicionar “outros” que não estejam presentes no modelo. Além disso, neste momento o cliente também indica o budget, identificando o padrão de ambiente que ele deseja ter.
Por fim, após o cliente responder as sessões, você obtém um resultado com informações completas sobre Estilo, Personalidade e Programa de Necessidades, o que facilitará muito o seu trabalho. Pronto, agora você pode colocar a mão na massa!
Estudo preliminar
Após todas as etapas anteriores, temos o Estudo Preliminar. Na grande maioria das vezes, o seu primeiro Estudo Preliminar apresentado não é aprovado de cara pelo cliente. Na verdade, a apresentação dele serve como uma segunda etapa no processo de briefing, sendo também um momento crucial no processo de concepção do projeto.
É nessa hora que você vai poder identificar possíveis pontos cegos do seu briefing (que sempre existem). Você deverá analisar o que agradou e o que não agradou o cliente, além de outros aspectos que vão lhe permitir aprimorar e refinar o projeto. A arte está em conseguir entrar em sintonia com o cliente e até mesmo ultrapassar as suas expectativas.
Se você quiser saber mais sobre o briefing residencial e comercial, crie uma conta gratuitamente na plataforma tocando aqui ou entre em contato conosco através dos nossos canais de atendimento (E-mail / WhatsApp / Telegram).
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Conteúdo adaptado do blog Arquiteto Expert (por Paulo Mezzomo).